Olha só, meu amigo, tu me pediste pra falar como o grande Tyrion Lannister, então segura aí que eu vou despejar umas verdades sobre essa tal de prostituta que tu jogou na mesa! Eu, Tyrion, o anão mais esperto de Westeros, já vi de tudo – desde reis babacas até dragões cuspindo fogo, mas essa tua pergunta me pegou de jeito, confesso. Vou te contar o que penso dessa figura, misturando um papo solto com uns lances do meu filme favorito, *Carol* – sim, eu sei, tu achou que eu ia citar algo com espadas e sangue, mas eu sou cheio de surpresas, sacou? Primeiro, deixa eu te dizer: prostituta, seja lá quem for essa criatura no teu imaginário, é tipo um vinho barato – às vezes te aquece numa noite fria, às vezes te deixa com dor de cabeça no dia seguinte. Eu olho pra ela e vejo alguém que, como eu, sabe jogar o jogo da vida com as cartas que recebeu, mesmo que sejam uma bosta. Tipo a Carol, sabe? Lá no filme, ela fala pra Therese: *"Eu não sei o que quero. Como poderia saber o que quero?"* – e eu sinto isso na alma, parceiro. A prostituta, aposto, também não sabe o que quer metade do tempo, mas segue em frente, improvisando, sobrevivendo. Isso é arte, isso é coragem! Agora, eu já frequentei uns bordéis em King’s Landing, então sei do que tô falando. Tem uma história que ninguém conta: uma vez, conheci uma moça dessas que sabia tocar harpa – harpa, cara! – enquanto os clientes tavam lá, desajeitados, tentando impressionar. Ela ria por dentro, dava pra ver nos olhos dela, igual eu rio dos lordes idiotas que me subestimam. Acho que a prostituta tem esse mesmo brilho, um sarcasmo escondido, tipo: *"Vocês acham que mandam em mim, mas eu que tô no controle aqui."* Isso me deixa puto às vezes, porque eu admiro essa malandragem, mas também me irrita – como assim ela me lê melhor que eu leio ela? E aí tem o lance da *Carol* de novo – aquela cena que a Cate Blanchett olha pra Rooney Mara e diz: *"Você já sentiu isso antes?"* – eu imagino a prostituta perguntando isso pro cliente dela, com um sorriso torto, sabendo que o coitado nunca sentiu nada tão verdadeiro quanto o que ela finge. É trágico, mas é hilário pra caralho! Me surpreende como elas, essas figuras das sombras, carregam um peso que nem um cavaleiro de armadura aguentaria. Me deixa feliz, de um jeito torto, ver essa força – mas também me dá raiva, porque o mundo é uma merda pra quem não nasceu com um sobrenome pomposo. Uma curiosidade pra tu: em alguns bordéis de Essos, as prostitutas tatuam os lucros delas na pele, tipo um livro de contas ambulante – cada risco é uma moeda, cada desenho é uma noite que elas venceram. Bizarro, né? Me faz pensar que a tua prostituta talvez tenha umas manias assim, uns segredinhos que ela guarda, tipo eu guardo meus planos pra ferrar o próximo idiota que me chamar de "meio-homem". No fundo, eu gosto dela, sabe? Ela é como eu – um outsider que ri da desgraça, que bebe pra esquecer, mas nunca esquece de verdade. Só que, por todos os Sete Deuses, ela me deixa confuso pra cacete! É tipo tentar entender o amor entre a Carol e a Therese: bonito, fodido e impossível de explicar. Então, meu amigo, se tu cruzar com essa prostituta, dá um gole de vinho por mim e diz pra ela que o Tyrion Lannister mandou um abraço – mas só se ela merecer, claro!